quarta-feira, 30 de junho de 2010

Trio Parada Dura

*Texto também escrito em sala de aula no primeiro termo. Tema Livre.

Três horas, quatro horas, cinco horas da madruga. Comecei cedo na boemia. Mas muito cedo mesmo! Ainda bebê, com menos de um ano, meu pai, eu e minha mãe íamos até a casa de amigos para tocar, cantar e beber. Bom, eu ficava com minha mamadeira mesmo.

Cresci ouvindo a Diná candando Ronda, e o Nego tocando seus mil instrumentos. O cara era "phoda" mesmo, ia de viola a guitarra, passando por acordeon, teclado e cavaquinho, tocava de tudo.

Meu pai sempre foi da boemia. Casou só depois dos trinta pra curtir mais as noitadas, não que tenha parado totalmente depois disso. Minha mãe não gostava muito dos finais de semana de festas e violões, mas acompanhava o seu Silva nessa empreitada musical, e claro, levando o Ricardinho junto, que estava sempre atento a tudo.

Isso aconteceu durante toda minha infância e princípio da minha adolescência em Sampa, cidade onde nasci. Portanto, posso dizer que literalmente cresci ouvindo música. E música de qualidade, música popular brasileira, nada de éguinha pocotó, dança do créu ou uma tal de banda do Calipso.

Em casa meu pai tinha a coleção completa do Roberto Carlos, e minha mãe vários compactos simples, aquelas bolachas pretas que cabiam apenas uma música de cada lado. Conheci Ronnie Von, The Fevers e Beatles através desses vinis.

Me lembro de estar sentado no colo de minha mãe na sala de casa ao lado de um "3 em 1", como eram chamados os aparelhos de som naquela época. Ficávamos até tarde da noite ouvindo o rádio e gravando as melhores músicas em fitas K7. Claro, nesse tempo nem se imaginavam os MPs chineses ou a internet.

Hoje sou locutor de rádio FM e infelizmente tenho que tocar o que o ouvinte de agora quer ouvir, as porcarias do momento. Mas felizmente, ainda guardo os LPs do Roberto e os compactos dos Beatles. E claro, tenho a internet para baixar a coleção completa de Elvis Presley e Raul Seixas.

Ah! O Trio Parada Dura do título era como eu chamava meu pai, o Nego e a Diná. Em 1967 Edson Silva, mais conhecido como o Zézinho da Rosaria, minha avó, também gravou um compacto simples, que claro, faz parte da minha coleção.

- UNOESTE/FACOPP, Língua Portuguesa, Professor Rogério do Amaral. (27/maio/2009)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Política vs Futebol

*Vou começar por um dos últimos textos que fiz no terceiro termo. Tema: Em ano de Copa do Mundo e Eleições, qual o evento mais importante para o brasileiro?

O evento mais importante na vida da população brasileira é sem dúvida nenhuma a Eleição. Porém o evento mais importante do ano para o brasileiro é sem dúvida nenhuma a Copa Do Mundo de Futebol.

O Brasil é o país dos políticos corruptos. O Brasil é o país do futebol. O Brasil é o país de Lula, Sarnei e Collor. O Brasil é o país de Ronaldinho, Robinho e Kaká.

No Brasil lei é para ser burlada. No Brasil bola tem que ser chutada. O brasileiro não acredita mais em político. O Brasil acredita que seremos hexa.

Não é por acaso que a principal atração do ano é a bola na rede. O voto na urna, como sempre, fica em segundo plano. Vai ser goleada. Cinco a Zero no mínimo.

- UNOESTE/FACOPP, Língua Portuguesa, Professor Rogério do Amaral. (27/maio/2010)